26/08/2019
14ª Semana Justiça pela Paz em Casa realizou 162 audiências em Campina Grande


A 14ª Semana Justiça pela Paz em Casa em Campina Grande realizou 162 audiências. A campanha é proposta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e visa acelerar o trâmite processual nos casos de violência doméstica e promover a conscientização social sobre o tema. Os trabalhos tiveram início no dia 19 de agosto e se encerraram na sexta-feira (23 de agosto), com uma palestra, em um supermercado da cidade, com foco na conscientização do público masculino.
 
Em Campina Grande, a ação foi avaliada positivamente pelo juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, responsável pelo mutirão na Comarca. “O ideal do Conselho Nacional de Justiça, ao inserir essa Semana da Justiça pela Paz em Casa, é devotado justamente à garantia do combate à violência doméstica e ao enfrentamento desta violência. É uma oportunidade em que a gente pode conscientizar, também, os agressores da gravidade de suas condutas”, afirmou.
 
O magistrado expôs, ainda, que a sexta foi dedicada às audiências preliminares, onde as vítimas são ouvidas e manifestam a sua vontade para manter ou retirar a representação, nos casos dos crimes que só se processam mediante queixa-crime ou representação.
 
Colaboraram com os trabalhos os magistrados Leonardo Paiva, Flávia Baptista, Renata Barros, Andréa Matos e Vladimir Nobre. Além da assistência jurídica, as vítimas tiveram auxílio psicológico e social. Também participaram de oficinas profissionalizantes e foram maquiadas, como forma de fortalecer a autoestima. 
 
A assistente social Marli Castelo Branco falou da função da equipe multidisciplinar de apoio à mulher. “Nós dizemos que a ação é delas. Elas têm duas vertentes, ou ela dá continuidade ou dá um basta. Por isso, estamos aqui vestindo a camisa basta de violência. Porque, a mulher já está saturada de tanto aguentar agressões e, isso, nós estamos mostrando. Temos uma equipe multidisciplinar com assistente social e psicóloga para dar apoio e acolhimento a essas mulheres num trabalho humanizado”, ressaltou.
 
No mesmo esteio, a psicóloga Clarissa Paranhos Guedes explicou o papel da equipe dentro do combate à violência de gênero, demonstrando que é importante que haja o fortalecimento da vítima como mulher para dirimir a sua dependência do agressor.
 
A psicóloga suscitou um novo olhar para a situação de violência, verificando a importância da conscientização masculina. “A gente entendia que era relevante ofertar um espaço de reflexão sobre esses atos de violência que os homens cometem contra as mulheres. A própria Lei Maria da Penha prevê a participação dos homens em grupos reflexivos. Assim, foi criado o ‘Grupo Reflexivo Papo de Homem, construindo novas masculinidades’, com foco no público masculino”, disse.
 
A Semana Justiça pela Paz em Casa acontece três vezes no ano: Em março, em homenagem ao dia internacional da mulher, agosto, em alusão ao aniversário da Lei Maria da Penha e, no final de novembro, integrando a comemoração dos 16 dias de ativismo dos direitos humanos.
 
TJPB
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Assessora de Imprensa - Jaqueline Medeiros

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