00/00/0000
Duda Mendonça diz que Judiciário precisa se comunicar com o povo


O publicitário Duda Mendonça disse que está a hora do
Poder Judiciário procurar se comunicar com o povo,
para o bem da democracia, e entender que a relação com
a imprensa é fundamental, mas é apenas um meio para
essa comunicação. Na opinião dele, os Poderes
Executivo e Legislativo já estão fazendo isto muito
bem. Duda, o jornalista Luiz Orlado Carneiro (Vice-
presidente do Jornal do Brasil) e o desembargador Luiz
Fernando Ribeiro de Carvalho foram os palestrantes
desta sexta-feira, no XVIII Congresso Brasileiro de
Magistrados, em Salvador (BA) e abordaram o tema
Justiça e Imprensa: A Comunicação Necessária.


Perguntando se o Judiciário brasileiro é fácil ou
difícil de ser defendido, Duda Mendonça afirmou que
existem “prós e contras” e que é preciso que o
Judiciário faça um levantamento sobre o que povo pensa
deste Poder, analise sobre as opiniões e procure dar
as respostas. “Não é questão de ser difícil ou fácil.
O importante é colocar as situações de maneira clara e
dar argumentos para que a questão seja julgada”,
afirmou o publicitário, observando que esse é,
inclusive, um princípio da Justiça, onde o advogado de
defesa e de ataque, cada um coloca as suas versões
para o júri. “Nesse caso, o uri é o povo que está sem
argumento”.


Já o jornalista Luiz Orlando Mendonça, do Jornal do
Brasil, defendeu a criação, pelo Poder Judiciário, do
Conselho Nacional de Controle Externo e Interno. “O
Judiciário precisa cada vez mais procurar a palavra
chave, transparência. Exemplo claro, ao meu ver, um
projeto de emenda constitucional da Reforma Judiciária
que pode ser apresentada pelo próprio poder, para a
criação do Conselho Nacional de Controle Externo e
Interno”, declarou para membros da imprensa e do
Judiciário presentes ao Congresso.


Disse ser evidentes que os Poderes Judiciário,
Legislativo e Executivo são independentes, e quem
controla esses poderes é o Tribunal de Contas.
Alertou, no entanto, que o Judiciário está passando
por uma situação que está exigindo mais essa
transparência, não só através da imprensa, mas olhar
para dentro de si, e criar o chamado Controle
Externo. “A impressão é de que no Judiciário tudo é
resolvido intramuros”, afirmou.


Ele fez um histórico sobre o período em que o
Judiciário brasileiro saiu do anonimato até virar
notícia. O jornalista apontou o ano de 1988, com a
promulgação da Constituição Brasileira, o momento em
que a imprensa passou a buscar notícias dentro do
judiciário, justificando que o fato se deu porque a
Constituição, que foi apelidada de cidadã, ampliou as
demandas judiciais.


Nesse mesmo período, observa Luiz Orlando, a imprensa
deixou de ser o quarto poder solitariamente, dividindo
espaço com o Ministério Público, que recebeu maiores
poderes. Com isso, esses dois setores se uniram.
O terceiro palestrante sobre o Judiciário e a
Imprensa: A Comunicação Necessária, foi o
desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho que
fez um desabafo sobre as notícias veiculadas na
imprensa e que ele demonstrou considerar ferinas ao
Judiciário.


Lembrou que há pouco mais de duas décadas, a cultura
predominante no Judiciário era a do isolamento e o
magistrado que recebia a imprensa era tido como aquele
que queria aparecer. Mas hoje, o Judiciário vive em
outro patamar, onde tem buscado intensificar o
relacionamento com a imprensa.


O desembargador Luiz Fernando apontou vários casos em
que a imprensa publicou notícias criticando o
Judiciário, mas que na verdade, se tratava de uma
noticia para atender a determinado segmento que estava
se sentindo atingido por uma decisão do
Judiciário. “Enquanto o Judiciário só tratava dos
processos de desquite – como se chamava antes a
separação judicial – e de ladrões de galinha estava
tudo bem. Mas a partir do momento que passou a atingir
os interesses políticos e econômicos, a conversa mudou
totalmente, e passamos a ser criticados”,
relatou.





Siga a AMPB nas redes sociais:

Instagram: @ampb_magistradospb
Facebook: @magistradospb
Twitter: @ampb_magistrado
Youtube: AMPB no Youtube

Assessora de Imprensa - Jaqueline Medeiros

Mais Notícias






© 2024. Todos os Direitos Reservados. AMPB - Associação dos Magistrados da Paraíba

Av. João Machado, Nº 553, Centro, Empresarial Plaza Center, 3º andar, Sala 307, João Pessoa - PB, CEP: 58013-520.
Fone/Fax: (83) 3513-2001
Jornalista Responsável: Jaqueline Medeiros - DRT-PB 1253