O objetivo da reunião foi apresentar, ao presidente do TJ, a insatisfação dos juízes da capital com as recentes alterações na Lei de Organização Judiciária do Estado (Loje), introduzidas pela Lei Complementar Estadual nº 64/2005. Os juízes relataram ao des. Júlio Aurélio a situação das unidades judiciárias e as dificuldades encontradas para desempenhar as atividades jurisdicionais, após as alterações na Loje.
De acordo com os juízes, é necessário repensar as alterações e a própria estrutura das Varas Cíveis. O quadro de serventuários encontra-se defasado e insuficiente ao cumprimento dos atos judiciais. Atualmente, só na Comarca da Capital, há 157 servidores à disposição de outros Poderes ou relotados em outras unidades, ou seja, fora do Cartório de origem, explicou o presidente da AMPB, Marcos Salles.
Conforme relataram os juízes, através de dados extraídos do SISCOM (Sistema de Comarcas da Informatizadas), a maioria das Varas Cíveis atualmente contam com mais de 1.000 (mil) processos ativos e algumas atingem a marca dos 1.600 (um mil e seiscentos) feitos. Desde o mês de janeiro deste ano, após alteração na Loje, houve um acréscimo de 2.323 ações.
Para sanar o problema, os juízes sugeriram a criação e instalação de, pelo menos, duas Varas de Sucessões, Resíduos, Procedimentos Voluntários e Precatórias e a designação de juízes auxiliares em cada Vara Cível. Essas medidas surtiriam efeito imediato, desafogando as Varas Cíveis e proporcionando a especialização dos serviços, com a evolução do Poder Judiciário e uma prestação jurisdicional dotada de maior eficácia, disse o juiz Sérgio Moura Martins, do 3º Juizado Substituto e membro da diretoria da AMPB.
O presidente da AMPB, Marcos Salles, raclamou, ainda, da falta de participação dos magistrados de 1º grau no momento da elaboração da última reforma da Loje, em janeiro deste ano, o que poderia, segundo ele, ter evitado os transtornos vivenciados pelos juízes. A última reforma da Loje veio repercutiu negativamente não só na Comarca de João Pessoa, como também, nas Comarcas de Bayeux, Santa Rita, Guarabira, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras, revelou o presidente.
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