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Líderes "batem cabeça" e não fecham acordo para votar PEC paralela
CAMILO TOSCANO
da Folha Online, em Brasília
Em uma demonstração da distância que há entre o que
quer a oposição e o que aceita ceder o governo, os
líderes dos partidos no Senado deixaram hoje a reunião
realizada para fechar um acordo na PEC (Proposta de
Emenda Constitucional) paralela com discursos
inteiramente contraditórios.
A PEC paralela foi criada para mudar a reforma da
Previdência --que deve ser votada em segundo turno na
próxima quarta-feira (10)-- e um acordo eliminaria
prazos permitindo sua aprovação rapidamente. Se passar
pelo Senado, a proposta ainda deve ser votada em dois
turnos na Câmara para entrar em vigor.
A cada dia sem um acerto entre as duas partes, aumenta
a pressão sobre o governo, que já conta como certa a
prorrogação dos trabalhos no Congresso Nacional até o
final do ano. O calendário apertado deve também levar
a uma convocação extraordinária em janeiro --o que
significa dois salários extras para os congressistas.
Ruído
Após o encontro de hoje, a oposição afirmava,
satisfeita, que o acordo estava fechado, porque o
governo havia aceitado atendê-la em quatro pontos:
regras de transição, paridade (reajustes da ativa
valem para aposentados), subteto nos Estados e isenção
da taxação dos inativos para os servidores com doenças
incapacitantes.
"Vai haver um grande acordo na PEC paralela. Depois de
perdermos no voto as conquistas a mais que queríamos,
nós não podemos nos colocar contra as conquistas a
menos do que desejávamos", disse o líder do PFL,
senador José Agripino (RN).
Segundo ele, faltava apenas uma resposta positiva do
ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, sobre a
proposta de isentar de taxação os servidores inativos
com mais de 75 anos e que recebam mais do que R$
4.800.
Contramão
Em seguida, o líder do governo na Casa, senador
Aloizio Mercadante (PT-SP), desfez o cenário de
entendimento apresentado pela oposição, ao dizer que a
última reivindicação não esteve presente em "nenhuma
negociação sobre a reforma". Para ele, as declarações
dos oposicionistas seriam "um pretexto para atrasar" a
votação da PEC paralela.
"Essa questão não foi discutida ao longo de toda a
tramitação da matéria. Não é possível que a cada dia
surja um elemento novo. A questão não estava na pauta
e não tem acordo", afirmou.
Com o mal-estar, votações importantes como os dois
turnos da reforma tributária, a medida provisória que
muda a Cofins (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social) e a prorrogação da alíquota de
27,5% do imposto de renda podem ser "contaminadas".
da Folha Online, em Brasília
Em uma demonstração da distância que há entre o que
quer a oposição e o que aceita ceder o governo, os
líderes dos partidos no Senado deixaram hoje a reunião
realizada para fechar um acordo na PEC (Proposta de
Emenda Constitucional) paralela com discursos
inteiramente contraditórios.
A PEC paralela foi criada para mudar a reforma da
Previdência --que deve ser votada em segundo turno na
próxima quarta-feira (10)-- e um acordo eliminaria
prazos permitindo sua aprovação rapidamente. Se passar
pelo Senado, a proposta ainda deve ser votada em dois
turnos na Câmara para entrar em vigor.
A cada dia sem um acerto entre as duas partes, aumenta
a pressão sobre o governo, que já conta como certa a
prorrogação dos trabalhos no Congresso Nacional até o
final do ano. O calendário apertado deve também levar
a uma convocação extraordinária em janeiro --o que
significa dois salários extras para os congressistas.
Ruído
Após o encontro de hoje, a oposição afirmava,
satisfeita, que o acordo estava fechado, porque o
governo havia aceitado atendê-la em quatro pontos:
regras de transição, paridade (reajustes da ativa
valem para aposentados), subteto nos Estados e isenção
da taxação dos inativos para os servidores com doenças
incapacitantes.
"Vai haver um grande acordo na PEC paralela. Depois de
perdermos no voto as conquistas a mais que queríamos,
nós não podemos nos colocar contra as conquistas a
menos do que desejávamos", disse o líder do PFL,
senador José Agripino (RN).
Segundo ele, faltava apenas uma resposta positiva do
ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, sobre a
proposta de isentar de taxação os servidores inativos
com mais de 75 anos e que recebam mais do que R$
4.800.
Contramão
Em seguida, o líder do governo na Casa, senador
Aloizio Mercadante (PT-SP), desfez o cenário de
entendimento apresentado pela oposição, ao dizer que a
última reivindicação não esteve presente em "nenhuma
negociação sobre a reforma". Para ele, as declarações
dos oposicionistas seriam "um pretexto para atrasar" a
votação da PEC paralela.
"Essa questão não foi discutida ao longo de toda a
tramitação da matéria. Não é possível que a cada dia
surja um elemento novo. A questão não estava na pauta
e não tem acordo", afirmou.
Com o mal-estar, votações importantes como os dois
turnos da reforma tributária, a medida provisória que
muda a Cofins (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social) e a prorrogação da alíquota de
27,5% do imposto de renda podem ser "contaminadas".
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