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Em solenidade prestigiada, com a presença de autoridades jurídicas, políticas e empresariais, a nova diretoria da AMEPE para o triênio 2017/2019 foi empossada na noite da sexta-feira (3 de fevereiro) no Recife. A cerimônia encheu as mesas do Armazém Blu´nelle, contou com a presença maciça dos magistrados, vindos também do Interior de Pernambuco e de outros estados, e teve como tom principal a união da magistratura pernambucana e uma atuação proativa. Entre os presentes, a presidnete da Associação dos Magistrados da Paraíba, juíza Maria Aparecida Sarmento Gadelha.

 

O novo presidente da AMEPE, Emanuel Bonfim, defendeu, no discurso de posse, a coesão da magistratura pernambucana: "A gestão terá a missão de reunificar a AMEPE e conciliar os interesses da heterogênea magistratura pernambucana. Esta será a grande missão da nossa administração. Repensar uma nova entidade, cada vez mais plural, coletiva, participativa, tolerante com as respectivas diferenças, aglutinadora e que consiga atender da melhor forma possível aos anseios de todos os magistrados, desde os novéis vitaliciandos até aos que hoje já se encontram aposentados. Todos, sem exceção, são muito importantes para nós".

 

A união da magistratura, com todos os seus organismos, foi mais uma vez realçada na fala do presidente. "Em relação ao nosso Tribunal de Justiça, adotaremos uma postura de cooperação. As pontes foram reconstruídas, e, apesar da crise externa e do cenário adverso, o nosso diálogo será permanente, porquanto o caminho está pavimentado para uma agenda propositiva e convergente. Com a adoção de boas práticas de gestão, aperfeiçoaremos a prestação do serviço jurisdicional em benefício da magistratura, do Poder Judiciário e, em última análise, da própria sociedade pernambucana, destinatária da nossa atividade essencial."

 

Minutos antes do discurso de Emanuel Bonfim, na saudação à nova diretoria, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Leopoldo Raposo, defendeu a atuação firme e crítica da AMEPE e fez coro à união de todos: "Gostaria que a AMEPE continuasse proativa, crítica. A AMEPE está brindada com o meu colega Emanuel. É um homem que concilia, que não constrói muros, mas pontes. Irá fazer com sua diretoria uma grande administração, crítica, que saberá representar e interpretar todos os anseios de toda a magistratura".

 

No discurso de transmissão do cargo, o presidente anterior, desembargador Antenor Cardoso, ressaltou a passagem da associação. "A posse retrata não só o prestígio que Emanuel tem como a aceitação à administração desse grupo que vem à frente da associação", afirmou, diante de uma salão com quase 400 pessoas. Na fala, ele fez uma prestação de contas e agradeceu ao trabalho de todos, desde os colaboradores próximos, como o motorista Fred, aos magistrados. "Obrigado a toda a confiança recebida", disse, completando: "Fica agora para Emanuel continuar o trabalho".

 

Diante dos muitos colegas, Emanuel Bonfim citou no discurso o atual momento político-jurídico por qual passa o País - "Exemplo maior desse protagonismo do Poder Judiciário é a participação do Supremo Tribunal Federal nas questões de maior relevância para a nação". "Finalmente a lei aparenta ser igual para todos. Saímos de um primeiro momento de inércia cívica para um despertar coletivo. Claro que todas essas transformações e mudanças exigem redobrada prudência dos juízes e, quando necessária, a adoção de uma postura contra majoritária 

sempre que houver risco às garantias e aos direitos individuais".

 

"Passamos a exercer a jurisdição de maneira proativa; como exemplo emblemático, as recentes operações de combate à corrupção. O fato é que a sensação de impunidade começa a ceder lugar ao sentimento de mudança cultural, mudança de atitude e de conceitos", afirmou. "Somos cada vez mais atores do processo de transformação social e, diuturnamente, somos demandados em julgamentos e decisões para equalizar a tensão dialética entre governantes e governados", continuou. 

 

Emanuel Bonfim também chamou atenção para mudanças que se fazem necessárias e pontuou os planos internos de atuação da associação junto a seus membros. "Dentre os temas prioritários, cuidaremos, por exemplo, das condições de trabalho e da segurança para o exercício da jurisdição. Buscaremos junto ao congresso nacional o debate transparente e necessário sobre a forma de remuneração da magistratura brasileira, com a inadiável recomposição de subsídios dignos e compatíveis com o relevante papel por nós desempenhado", disse.

 

Além de Emanuel Bonfim e os desembargadores Antenor Cardoso e Leopoldo Raposo, a mesa da solenidade foi composta pelo vice-presidente do TJPE, desembargador Adalberto Oliveira; o presidente do TRE-PE, desembargador Antônio Carlos Alves da Silva; o diretor da EJUD, desembargador Eurico de Barros Correia Filho; o vide-diretor da EJE, desembargador Eduardo Sertório; o presidente do CEJ, o decano Jones Figueiredo; o procurador geral do Estado, César Caúla, representando o governador Paulo Câmara; o procurador geral do município do Recife, Ricardo Correia, representando o prefeito Geraldo Julio; Wilka Pinto Vilela, representando a AMB; o presidente da Amatra6, Adelmy Acioli; o presidente da OAB-PE, Ronnie Duarte; o presidente da AMAB, Freddy Pitta Lima; a presidente da AMPB, Maria Aparecida Sarmento Gadelha; o diretor da ALMAGIS Pedro Ivens; o vereador André Régis, representando a Câmara do Recife;  e os 1º e 2º vice-presidentes da AMEPE, Gleydson Gleber Alves de Lima Pinheiro e Eudes dos Prazeres França, respectivamente.