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Questão de Imagem
Editorial do Jornal do Brasil
A sociedade brasileira quer ver o país passado a
limpo, conforme mostram as pesquisas de opinião
pública. Desde que a oposição se tornou maioria
oposicionista no Congresso e encerrou o ciclo militar
com a eleição de Tancredo Neves, a sociedade assumiu
um papel inédito na vida brasileira. O nível de
exigência aumentou em relação às mudanças e fixou o
marco zero.
A OAB, por intermédio do seu Conselho Federal,
encomendou pesquisa para aferir a credibilidade de
instituições nacionais e coube ao Congresso a marca
mais baixa (46% não confiam nele). Depois, com 38% da
opinião pública contra, veio o Judiciário. Com 28% de
falta de confiança da população, o Ministério Público
confirma a imagem de precipitação ao revelar fatos em
apuração. Na variação da confiabilidade geral, seguem-
se a imprensa, a Presidência da República e, à frente,
a Igreja com três quartos da opinião pública a seu
favor.
A pesquisa, anterior à divulgação da Operação
Anaconda, afasta suspeita de intenção política. As
razões alegadas não se relacionam a fatos mas à
persistência da imagem do Judiciário. A morosidade da
Justiça é a mais antiga reclamação. A mais atual é a
participação de juízes em escândalos, lavagem de
dinheiro, casos de corrupção. Ao fundo, o velho
sentimento de que apenas pobres são condenados e
cumprem penas.
Não é por acaso que o presidente do Conselho Federal
da OAB, Rubens Approbato Machado, considera
fundamental a criação do conselho para exercer o
controle externo do Judiciário. A necessidade de
transparência para a sociedade aumentou. Impresionou-o
a maioria a favor da pena de morte.
O ministro Maurício Corrêa, presidente do STF,
declarou-se preocupado com os índices da pesquisa e o
presidente do STJ, Nilson Naves, atribui peso à
morosidade da Justiça, ao aumento de demanda sob a
Constituição de 1988 e à falta de recursos e de
juízes. Não é apenas pelas razões mas pela falta de
solução. Ou pelo insuficiente empenho, de todos os
lados, em resolver o problema que é sério.
A sociedade brasileira quer ver o país passado a
limpo, conforme mostram as pesquisas de opinião
pública. Desde que a oposição se tornou maioria
oposicionista no Congresso e encerrou o ciclo militar
com a eleição de Tancredo Neves, a sociedade assumiu
um papel inédito na vida brasileira. O nível de
exigência aumentou em relação às mudanças e fixou o
marco zero.
A OAB, por intermédio do seu Conselho Federal,
encomendou pesquisa para aferir a credibilidade de
instituições nacionais e coube ao Congresso a marca
mais baixa (46% não confiam nele). Depois, com 38% da
opinião pública contra, veio o Judiciário. Com 28% de
falta de confiança da população, o Ministério Público
confirma a imagem de precipitação ao revelar fatos em
apuração. Na variação da confiabilidade geral, seguem-
se a imprensa, a Presidência da República e, à frente,
a Igreja com três quartos da opinião pública a seu
favor.
A pesquisa, anterior à divulgação da Operação
Anaconda, afasta suspeita de intenção política. As
razões alegadas não se relacionam a fatos mas à
persistência da imagem do Judiciário. A morosidade da
Justiça é a mais antiga reclamação. A mais atual é a
participação de juízes em escândalos, lavagem de
dinheiro, casos de corrupção. Ao fundo, o velho
sentimento de que apenas pobres são condenados e
cumprem penas.
Não é por acaso que o presidente do Conselho Federal
da OAB, Rubens Approbato Machado, considera
fundamental a criação do conselho para exercer o
controle externo do Judiciário. A necessidade de
transparência para a sociedade aumentou. Impresionou-o
a maioria a favor da pena de morte.
O ministro Maurício Corrêa, presidente do STF,
declarou-se preocupado com os índices da pesquisa e o
presidente do STJ, Nilson Naves, atribui peso à
morosidade da Justiça, ao aumento de demanda sob a
Constituição de 1988 e à falta de recursos e de
juízes. Não é apenas pelas razões mas pela falta de
solução. Ou pelo insuficiente empenho, de todos os
lados, em resolver o problema que é sério.
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