26/05/2020
“Precisamos de pontes, e não muros. Diálogo, em vez de confronto”, defende Barroso ao tomar posse no TSE


Em solenidade virtual realizada nesta segunda-feira (25), o ministro Luís Roberto Barroso assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defendendo o diálogo entre as instituições e o fortalecimento da democracia. “Precisamos de denominadores comuns e patrióticos. Pontes, e não muros. Diálogo, em vez de confronto. Razão pública no lugar das paixões extremadas”, disse, em discurso.

Ele assumiu o cargo no lugar da ministra Rosa Weber, que esteve à frente da corte no último biênio. O ministro Luiz Edson Fachin tomou posse como vice-presidente. Em relação às eleições municipais previstas para este ano, Barroso defendeu que o pleito somente deve ser adiado se não for possível realizá-lo sem risco para a saúde pública por conta da pandemia da Covid-19. “Em caso de adiamento, deverá ser pelo prazo mínimo inevitável. O cancelamento das eleições municipais, para fazê-las coincidir com as eleições nacionais em 2022, não é uma hipótese sequer cogitada”, esclareceu.

O ministro explicou que o TSE vai estimular o voto consciente, tentará atrair jovens para a política e trabalhará para o empoderamento feminino nos próximos dois anos. A presidente da AMB, Renata Gil, participou da cerimônia.

Acolhimento
O ministro Luis Felipe Salomão foi o escolhido para dar as boas-vindas ao novo presidente, em nome do TSE. Ele lembrou que Barroso já atuou como advogado da AMB, sendo responsável pela defesa da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 12 ajuizada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela entidade. Em julgamento histórico realizado no dia 20 de agosto de 2008, a Corte reconheceu a legitimidade da Resolução nº 7/2005 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mantendo a regra que proibiu o nepotismo nos tribunais.

Salomão também citou dado da pesquisa “A Imagem do Poder Judiciário Brasileiro”, lançada pela Associação no final de 2019, em parceria com o Centro de Pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), um dos maiores estudos realizados sobre as percepções e expectativas da população em relação ao Poder Judiciário. Ao avaliar o sistema da Justiça Eleitoral, um total de quase 70% respondeu que é ótima/boa ou regular. “A Justiça Eleitoral é considerada célere e confiável, realizadora da maior eleição digital do mundo”, afirmou.

AMB
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Assessora de Imprensa - Jaqueline Medeiros

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