12/07/2016
“Primeiro Olhar” orienta mães e familiares de crianças com Síndrome de Down
Acolher, informar e orientar mães e familiares de bebês com Síndrome de Down. Este é o objetivo do projeto “Primeiro Olhar”, que tem como mentora a juíza Israela Pontes, que atua na 1ª Vara da Fazenda Pública. Segundo a magistrada, a ideia surgiu a partir do momento em que ela deu à luz a uma criança com a alteração genética.
“Em virtude da minha realidade e da minha experiência, senti a necessidade de repassar o que eu vivi e aprendi e ajudar outras mães. Hoje, somos sete voluntárias e mais três profissionais da área, incluindo um médico especialista em Medicina Fetal”, informou a magistrada.
Israela Pontes explicou que o contato com as mães ocorre na maternidade ou por telefone, ocasião em que a equipe compartilha experiências e informações com as mães de primeira viagem no assunto.
“Todos nós que passamos por isso sabemos como é difícil o momento em que uma mãe recebe a notícia de que seu filho(a) tem Síndrome de Down. Por isso, decidimos compartilhar nossas experiências e ajudar mães e familiares a entender o que é essa alteração genética e como eles podem lidar da melhor forma com ela”, comentou.
A magistrada afirmou que, hoje, a equipe acompanha oito mães e que, das mães que começaram o acompanhamento enquanto estavam grávidas, duas já tiveram seus bebês e hoje irradiam saúde e alegria. “Esse é o melhor retorno que podemos ter. Saber que nosso trabalho contribuiu para um desenvolvimento mais saudável dos filhos e das mães”, declarou Israela.
A magistrada contou também que uma parceria com a Secretaria de Saúde do Estado está sendo fechada para que, a cada novo nascimento de crianças com a síndrome, a equipe possa ser notificada e realizar uma visita. “A intenção é transformar o projeto em um instituto (pessoa jurídica) para ampliar o trabalho e firmar novas parcerias”.
Mudança de comarca – Em decisão inédita, em abril de 2016, o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba atendeu ao pedido de mudança provisória de comarca da juíza Israela Pontes. Ela havia sido promovida e iria atuar em Campina Grande (distante 100km de João Pessoa). No entanto, devido a mudança de comarca, ficou inviável acompanhar o tratamento de seu filho, pois ele teria que ficar em João Pessoa, visto que toda a estrutura médica e familiar estava na Capital.
“Ele já havia iniciado o tratamento desde os 45 dias de nascimento aqui, sempre com os mesmos terapeutas, respeitando a sistemática adotada e a continuidade do trabalho realizado, essencial para os resultados já obtidos e os futuros, além de evitar eventual prejuízo pela quebra ou interrupção do tratamento”, explicou Israela.
O presidente do TJPB, desembargador Marcos Cavalcanti, entendeu a excepcionalidade do caso e manteve provisoriamente a juíza Israela Pontes como juíza auxiliar da 1ª Vara da Fazenda Pública de João Pessoa, levando em consideração que a presença da mãe é de fundamental importância para que uma criança portadora de necessidades especiais possa atingir uma vida plena e autônoma. “O TJPB garantiu a minha dignidade e a do meu filho”, assegurou a juíza Israela.
TJPB
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